me vejo agora e eu não sou, ou não era, ou quem fui, mas sei que agora sou quem sou, sou o que sou.

me vejo agora e eu não sou, ou não era, ou quem fui, mas sei que agora sou quem sou, sou o que sou.

ser cobaia de si mesma - ser cobaia de si mesma -

ser cobaia de si mesma - ser cobaia de si mesma -

deixa de ser garota e vai ser mulher.

deixa de ser garota e vai ser mulher.

Ato I por dentro sou vermelha, por fora sou dourada

〰️

Ato I por dentro sou vermelha, por fora sou dourada 〰️

O Ato I investiga a violência dirigida aos corpos femininos e sua constante objetificação, atravessando também o imaginário da carne, tanto humana quanto animal. A obra fricciona essas camadas, revelando como a desumanização de mulheres se imbrica à lógica de consumo e descarte aplicada a animalização de mulheres e feminilização de animais,  evidenciando uma cultura que desvaloriza a vida e erotiza a violência.

A performance propõe uma analogia direta entre o tratamento dado aos corpos das mulheres e aos corpos dos animais: ambos servidos como carne, como objetos do desejo e da aniquilação. Entre vermelho e dourado, entre luz e sombra, o trabalho tensiona as fronteiras entre sexualidade, controle e violência, questionando os valores atribuídos à carne exposta e os discursos que moldam sua representação no imaginário social.

pedaços, 2024.

Ato I da série “por dentro sou vermelha, por fora sou dourada”.

impressão sobre Hahnemühle Photo Rag 308g; alumínio; vidro;

101 x 150 x 8 cm;

fotografia externa por Julia Thompson.

Fotografia.

detalhe.

pedaço da dona, 2024.


Ato I da série “por dentro sou vermelha, por fora sou dourada”.

impressão sobre Hahnemühle Photo Rag 308g; alumínio; vidro;

66,6 x 100 x 6 cm;

fotografia externa por Julia Thompson.

Fotografia por Edouard Fraipont.

detalhe.

Fotografia de escala de obras por Julia Thompson.

Fotografia de registro de obras por Julia Thompson.

carnificina, 2024.

Ato I da série “por dentro sou vermelha, por fora sou dourada”.

impressão sobre Hahnemühle Photo Rag 308g; emoldurado em alumínio; vidro;

100 x 57,52 x 6 cm;


fotografia externa por Julia Thompson.

Fotografia por Edouard Fraipont.

detalhe.

detalhe.

Vista da terceira edição da exposição Abraço Coletivo (Fotografo não encontrado).

Vista da terceira edição da exposição Abraço Coletivo (Fotografo não encontrado).

Sabor e qualidade na sua mesa, 2024.


Ato I da série “por dentro sou vermelha, por fora sou dourada”.


impressão sobre Hahnemühle Photo Rag 308g; alumínio; vidro.


50 x 33,3 x 4 cm;

fotografia externa por Julia Thompson.

Fotografia por Edouard Fraipont.

detalhe.

cincerro, 2024.


Ato I série “por dentro sou vermelha, por fora sou dourada”.


impressão sobre Hahnemühle Photo Rag 308g; alumínio; vidro;


100 X 66,6 x 6 cm;

fotografia externa por Julia Thompson.

Fotografia por Edouard Fraipont.

detalhe.

dona do pedaço, 2024.

Ato I da série “por dentro sou vermelha, por fora sou dourada”.


impressão sobre Hahnemühle Photo Rag 308g; alumínio; vidro;


100 x 57,52 x 6 cm;

fotografia por Edouard Fraipont.

detalhe.

de dia sou vermelha, 2024.

Ato I da série “por dentro sou vermelha, por fora sou dourada”.

impressão sobre Hahnemühle Photo Rag 308g; alumínio; vidro;

50 x 33,3 x 4 cm;

fotografia por Edouard Fraipont.

detalhe.

de noite sou dourada, 2024.


Ato I da série “por dentro sou vermelha, por fora sou dourada”.


impressão sobre Hahnemühle Photo Rag 308g; alumínio; vidro;


50 x 33,3 x 4 cm;

fotografia por Edouard Fraipont.

detalhe.

de longe, tão mulher, 2024.

Ato I da série “por dentro sou vermelha, por fora sou dourada”.


impressão sobre Hahnemühle Photo Rag 308g; alumínio; vidro;

25 x 16,65 x 3 cm;

fotografia por Edouard Fraipont.

pururuca, 2024.

Ato I da série “por dentro sou vermelha, por fora sou dourada”.

resina epoxi cristal; hipoderme do couro cabeludo; alumínio;

5 X 5 cm;

fotografia externa por Julia Thompson.

Fotografia externa por Julia Thompson.

pururuca nasce da experiência corporal, refletindo o processo de ressignificação do corpo. A peça original, um fragmento de couro cabeludo da artista resultante de um procedimento cirúrgico, que foi preservada em formol antes de ser fundida em resina. O trabalho dialoga com dualidades presentes na prática artística da autora: o interno e o externo, o orgânico e o sintético. O título evoca tanto a textura e a transformação da matéria quanto sua sonoridade e fragilidade, tornando em algo mais que quebradiço.

Fotografia externa por Julia Thompson.

Mesa de dissecação, 2024.

Ato I da série “por dentro sou vermelha, por fora sou dourada”.

Instalação;


Mesa de aço inox, fatiador de carne metálico industrial, prótese de silicone (mama), bandejas e cubas hospitalares de inox (rim e retangulares), seringa, agulhas, bisturis, frascos âmbar de vidro, frascos plásticos com líquido, crânio anatômico, manual dobrado com ilustrações médicas, revistas com imagens de corpos, lâminas cirúrgicas, tag plástica amarela com número (27), suporte de veludo vermelho, catálogos, seringas e canetas biomédicas, aparelho medidor, líquido vermelho em frasco dosador;

100 x 120 x 53 cm;

fotografia externa por Julia Thompson.

Fotografia externa por Julia Thompson.

Tattoo equipment and supplies laid out on a table, including ink bottles, tattoo needles, practice skin, a skull model, and instruction posters.

detalhe.

Manual dobrado e molde de implante, sistema “Endotine Forehead 3.0”


Conjunto composto por manual técnico original e molde de medida do implante bioabsorvível Endotine Forehead 3.0, utilizado em cirurgias de lifting frontal e frontoplastia. O implante é um pequeno dispositivo plástico triangular, dotado de microganchos que ancoram tecidos do rosto na cirurgia. O material é biodegradável, absorvido gradualmente pelo corpo após a cicatrização.

Na obra, o manual encontra-se dobrado sobre a mesa de inox, acompanhado de uma pequena base preta que contém os moldes dos dois pinos, componentes idênticos aos utilizados na cirurgia feito na artista. A presença desse conjunto técnico e autobiográfico reconfigura o local instrumental médico em narrativa íntima. Expostos como evidências, eles operam como documentos de transformação corporal e identidade, deslocando o discurso clínico para o campo simbólico da arte.

Calendário de mesa 2025 Casa de Carnes Joana de Fátima com uma fotografia para cada mês,
25 tiragens 

Calendário de bolso 2025 Casa de Carnes Joana de Fátima com cinco modelos de fotografias diferentes, 20 tiragens diferentes de cada exemplar. 

Partindo de referências relacionadas à postura, atitude e estética dos ensaios de mulheres pin-ups, frequentemente retratadas nuas ou seminuas em fotografias de calendários, revistas Playboy (como a da Mulher Filé) e peças publicitárias, resgato e reinterpreto essa cultura visual de distribuição de imagens femininas como brindes e objetos de consumo.

Na obra apresentada, concedo o meu próprio corpo como “brinde” em uma série de calendários 2025, explorando diferentes fotografias encenadas que replicam a linguagem visual de calendários de mesa e de bolso, evocando tanto o humor quanto a crítica.

A partir de uma pesquisa sobre os mecanismos midiáticos de feminização e animalização de corpos — com especial atenção à forma como mulheres são frequentemente comparadas a animais ou tratadas como tais —, investigo também os processos de sexualização, objetificação e submissão de figuras femininas nas representações visuais utilizadas por marcas e campanhas publicitárias.

Aqui a artista apresenta imagens que tensionam o imaginário publicitário ao adotar uma estética irônica e incisiva, questionando os regimes de visibilidade que historicamente associaram o corpo feminino à mercadoria e à oferta gratuita.

Casa de Carnes, 2024.


Ato I da série “por dentro sou vermelha, por fora sou dourada”.


camiseta; cabide;

200 x 33 x 33 cm.

White T-shirt with red and black text and a sketch of a cow's head hanging on a white background.

Calendário de mesa 2025 Casa de Carnes Joana de Fátima com uma fotografia para cada mês,
25 tiragens