se eu fosse eu
se eu fosse eu
Joana de Fátima (São Paulo, 1996) Vive e trabalha em São Paulo. É artista visual, bacharel em Artes Visuais pelo Centro Universitário Armando Alvares Penteado - FAAP (2024). Sua prática se desdobra entre performance, fotografia encenada (staged photography), instalação e escrita e vídeo, integrando corpo, objeto e espaço na criação de narrativas visuais que tensionam os limites entre o real e a fora de serviço. Com trajetória anterior nas artes cênicas, sua pesquisa artística se estrutura a partir de composições dramatúrgicas e performativas que incorporam elementos de humor, estranhamento e fabulação. A partir de experiências autobiográficas e de um viés investigativo, seus trabalhos exploram a exposição do corpo, os rituais do cotidiano, os sistemas de consumo e as construções da intimidade, frequentemente situados em espaços domésticos ou dispositivos expositivos encenados. Sua produção propõe uma abordagem aberta e plural, em que a articulação entre tempo, espaço e memória opera como disparador de imagens e estados que desestabilizam certezas e convidam à experiência do sensível.
Joana expôs “O Domingo” na 52ª de 2022, “Seria o espaço expositivo a minha casa?”, “livro de cabeceiras”, na 53ª em 2023, e “pedaço da dona” e “pedaços” na 54ª Anual de Artes da FAAP em 2024. Foi premiada com a bolsa 90% na 53º Anual de Artes da FAAP pela comissão de premiação que foi composta por Daniel de Paula, Luciara Ribeiro e Paula Garcia, além de um representante do MAB, que escolheu “livro de cabeceiras”, 2022 que integrou para a coleção do Museu de Arte Brasileira - MAB FAAP. Final de 2024 fiz aulas de pintura com Rodrigo Atallah. Em 2025, Joana começou o semestre as quintas-feiras a tarde na pintura com Arthur Palhano, expôs a obra “pedaços”, 2024 na exposição Abraço Coletivo no Canteiro na Vila Madalena -SP, de 26 de abril a 03 de maio de 2025. 21/06-28/06/25 expôs a obra “pedaços” na exposição “Praia de Artista”, no Ateliê397 no Higienopolis - SP. Do dia 11/07 ao dia 16/07 expõe “sola”, 2025, e “A cozinheira, o cavalo, seu banquete e a fumaça”, 2025, ambos são ato 2/3 da série “por dentro sou vermelha, por fora sou dourada”, desenvolvidas no Grupo de Orientação Artística com Ana Paula Cohen e participação especial de Thiago Honório. Joana terá a fotografia de por dentro sou vermelha, por fora sou dourada ato 1/3 da série “por dentro sou vermelha, por fora sou dourada” publicada no segundo semestre de 2025 publicada na revista impressa piscina #2 de Paula Plee. Atualmente, desenvolve os atos sequenciais da série por dentro sou vermelha, por fora sou dourada, na qual fabula camadas de violência simbólica e histórica a partir de corpos e imagens atravessados por narrativas coloniais, arquiteturas institucionais e afetos herdados. A série opera num regime sensível entre o sono e a vigília, como se os corpos retratados estivessem em suspensão: sonâmbulos, paralisados, presos entre o gesto e a espera, entre a encenação e o colapso, como o corpo da própria artista, por vezes sonâmbula, por vezes paralisada entre a imagem e o sono. As imagens frequentemente encarnam o noturno, esse espaço de repetição, delírio e exposição, em que o corpo dorme, mas a imagem não. Uma política do adormecer que nunca é pacífica: cada cena se dá como rastro de um ritual que não se completa.